Por Giberto Monteiro
Visando além, nas findes do futuro,
Na mocidade, o homem descuidado
Das mil venturas, que lhe vão ao lado,
Tenta alcançar o seu ideal mais puro.
E segue e segue e sempre esperançado,
Sempre almejando o fugitivo muro
Transpor, que lhe separa incerto, escuro
Dos climas, -onde põe o bem sonhado.
Mas na velhice como tudo muda!
Nos fatos do passado em vão se escuda,
Já do futuro lhe devassa o norte:
Bem perto, o frio e a treva - eternos noivos -
Nota no campo reflorido em goivos
Onde indomável predomina a Morte.
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