Ásperas mãos percorrem
com delicadeza formas pétreas.
Viajam em pequenos barcos.
Mergulham com os peixes.
Escalam montanhas.
Dão vida às plantas.
Asas aos pássaros.
Com seus toques mágicos,
desvendam mistérios,
esculpem corações.
Constroem o belo:
eterno e vulnerável.
A incerteza se instala,
cresce, sufoca e impede
o entalhe perfeito.
Surge a ruptura.
Um coração se fragmenta.
A magia se desfaz.
Criador e criatura se fundem
na cor que escorre
dessas feridas mãos e
inflama os multifacetados cacos
de uma obra inacabada.
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