uma existência simples, numa simples cidade.
simplicidade que aninha uma vida
que de tão simples acalma o íntimo.
dizer não ao burburinho da grande cidade,
à pressa, ao falatório proverbial,
à voracidade dos acontecimentos.
os dias a passar de vagar.
sempre vivi sem pressa!
quanto mais agora que me falta menos!
que me cantem os pássaros,
façam-me visitas as cigarras, as flores efêmeras,
os girassóis, os amigos e a boa música!
os livros me contarão histórias
e a minha simples cidade
será plena de tudo!
encontrarei nela tempo para amar
as pessoas, a natureza
e as coisas pequenas.
pela manhã caminharei
com passos lentos
para sentir a brisa do amanhecer.
aos amigos cederei um dedo de prosa.
as crias serão alimentadas
como convém.
após o almoço uma sesta
e à noite o vinho me fará companhia
ao som meloso do jazz.
é assim a simples cidade que desejo!
e muito mais minha do que eu dela!
para ela serei apenas a simplicidade!
2010/12/11
minha cidade
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8 comentários:
ROGÉRIO ............... Te parabenizo pelo bom gosto e pela tua sensibilidade. Uma linda poesia sem dúvida meu amigo !
Não me disseste se tu escreveste ou se estes versos te foram inspirados de fora para dentro ou de
dentro para fora (acho que me entendes, principamente se tu és o autor!)).
UM FORTE ABRAÇO do
Cláudio
Meu querido bardo, adorei, copiei seu poema; seu apreciar e expressar mas não poderia deixar de mostra nesse mesmo chão, um momento meu de dizer e reflexão.
Aí vai no anexo. Aliás "Anexo", é um bar excelente no Portinho, em Cabo-Frio, que ontem me acabei de acabar legal.
Abrações,
LUIZ
QUERIAS
Buzina o trânsito nervoso, constante,
Inclemente,
Urbano neurótico impaciente.
A obra ao lado
Está no momento da ponteira
Soando alto,
Enquanto lá fora, no passeio, no asfalto,
Britadeiras berram seguidas e rasgam o solo
Ensurdecendo, enlouquecendo.
Esses barulhos aos ouvidos,
Atordoam, tiram o tino,
Impedem
Raciocínio, assunto, telefone, televisão, música,
Computador;
O que for de fazer, resolver, dispor,
Trabalhar;
Atinar como tenho em texto
De formar-me salvo réu.
E o proprietário ainda queria aumentar o aluguel...
Luiz Caldas
Querido amigo Claudio
A idade já nos ensinou que certas viadagens não fazem mais efeito. Rsrsrsrsrsrs
Por isso uso o querido que nos aproxima aos tempos em que queridos vivíamos juntos aos nossos.
A arte literária, me é tardia, mas justifica seus apupos. Hoje posso me dar ao luxo de uma poesia, pois no Maximo me chamarão de velho gagá!
Mas nesse campo sempre podemos mais que nos campos da sobriedade.
Acho que tive que fazer uma escolha. Ou eu escreveria uma poesia ou ela me escreveria. Escolhi o risco menor.
Rsrsrsrsrs
abs rogerio
Luiz Carlos Barros Caldas
Ao caos nosso de cada dia, sigamos com Tavito e Zé Rodrix em Uma casa no campo
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais
abraços fraternos
rogerio
Meu Amigo Poeta, em cada palavra,verso , estrofe escuto um coração silencioso que diz muito de seus sonhos, de uma vida, na SUA CIDADE. Que bom que este sonho saiu de seu peito em forma de poesia.Só você, como poeta e psicanalista, pode deixar este rastro pelas vielas de nossas almas e, tenho certeza, não se apagará. Felicidades e parabéns.Selma Monteiro.
Lindo poema.
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