Abre-te, Sésamo!
Ferrolho, fechadura, taramela.
Serventia da casa.
Impõe limite e segurança.
Madeira de lei, oca ou retrátil.
De vidro, entra sem entrar.
Pesada em aço, o cofre.
Nos salões, solene,
em duas abas.
Dentro e fora separa.
Na vida - a oportunidade
No amor - a paixão
Fechada - a morte.
Para Huxley, o céu e o inferno.
O celibatário de Duchamp.
No Barão Vermelho,
A chave da frente.
Eu quero agora
e quero prá sempre...
Chave, campainha, cartão magnético
abre-te.
Ilustração de Marcel Duchamp - Given exterior
Um comentário:
Que lindo!- disse Clara, ao ler. Rogério,você está, a cada momento revelando a sua delicadeza de alma, através de suas poesias. Será sempre eterna esta busca do belo. Faz parte de suas múltiplas facetas esta inquietação que te provoca a cada instante a abrir as portas e deixar fluir, sem medo, os seus sonhos. Parabéns!
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