2012/11/28

Tire suas mãos de mim

Talvez Ana Carolina tenha razão ao dizer que eu e você não é assim tão complicado, ou pelo menos não deveria ser. Eu e você é uma conjugação fadada ao erro. Erro da busca, erro do encontro, erro da aceitação ou não do outro. O outro que nos completa, não como uma metade, mas com um inteiro. Um inteiro que, como nós, tem desejos, angustias e esperanças. O amor nos pede sinceridade, altruísmo. Não é lugar para esperar boa fé e honestidade porque esses atributos já deveriam fazer parte do caráter das pessoas. Ou se tem ou não. Mas eu vou dizer uma coisa, amar e ser amado são coisas bem diferentes. Se confundimos isso, estamos ferrados. Amar, vem de dentro de si e não dá para confundir, é inequívoco. Já ser amado é uma crença e é claro que com o tempo e o comportamento do parceiro você acaba acreditando que existe. É consequência. Tire suas mãos de mim, não é me dominando assim, que você vai me entender e vai me ter, porque eu não pertenço a você. Será só imaginação? Será que nada vai acontecer? Será que é tudo isso em vão? Será que vamos conseguir vencer? Será. Por via das dúvidas é melhor ficar solto, livre para se encontrar alguém em qualquer esquina de Brasília ou do mundo, ou quem sabe na Ipiranga com Avenida São João.

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